Entre dois amores.

Então, se resume a isso né? Eu , Pedro e Fernando. Minha decisão. Que angústia. Que indecisão. Como se faz quando se é apaixonada pelos dois com a mesma intensidade, com a mesma emoção, com o mesmo sentimento. Minha vida se transformava num inferno lentamente. Pois os dois eram com o sol e vento, indispensáveis, essências e sem eles eu simplesmente não sabia sobreviver. Gabriela olhava a chuva que caia do céu, pela janela de seu quarto, aquele que não fazia parte de seu mundo, mas era o seu mundo, seu aconchego, seu companheiro, aquele que por tantas vezes que chorou, fora seu único refugío. O único lugar do mundo capaz de faze-lá se sentir por inteira.
Será que essa seria a única solução? Ao seu ver, seria sim uma boa saída. Não aguentava mais ver os dois, seus amores, brigando por causa dela, os fazendo sofrer por causa dela, tudo por sua causa. Se a causa de tanto sofrimento era ela, então isso iria acabar.
Lentamente, ela vai até a janela do banheiro, e retira uma lâmina de barbear. Mas antes que tudo aquilo acabasse, queria que todos entendessem o por que daquilo, e queria de certa forma tentar se explicar, com sua família, com seus amigos, com todos. Repentinamente, ela resolve escrever uma carta, breve mas que pudesse dizer tudo o que sentia por aquele meio.
Após a escrita, ela percebe, que chegara a hora, era agora, e seria ali, no aconchego de seu quarto, onde tudo se encaixaria. Além de lágrimas, o sangue vermelho escorria por seus pulsos e a última coisa que viu, foi a chuva que agora estava cessando mas continua a cair sobre o céu negro.